Falha humana pode ter causado morte de jovem catarinense em salto radical no PR, aponta polícia
Salto radical de rope jump aconteceu em parque que estava interditado há mais de 1 ano.
A morte de Jussara Vitória Alves de Oliveira ainda é investigada pela polícia. A jovem, de apenas 24 anos, morreu após um salto radical no Parque Ecológico de Campo Magro, no Paraná, no domingo (3). A investigação aponta que a tragédia pode ter acontecido por não soltarem a chamada “linha de vida”, que garantiria um salto longe da plataforma de rope jump.
Segundo o delegado Guilherme Donde, da Polícia Civil do Paraná, os saltos de rope jump, conhecido como “pêndulo humano”, contém uma segurança extra caso aconteça alguma acidente na plataforma de salto, como alguém escorregar, por exemplo. No entanto, a “linha de vida” deve ser liberada antes ou assim que alguém salte do local.
A investigação acredita que a linha que segurava Jussara não havia sido solta, mas a perícia definirá se essa foi realmente a causa do acidente. “Em vez dela pendular lá na frente, ela pendulou na própria plataforma e acabou infelizmente atingindo o penhasco”, esclareceu o delegado.
Depoimentos.
De acordo com a Polícia Civil, os responsáveis pelos saltos foram levados à delegacia, mas permaneceram em silêncio. “Tanto o instrutor que estava lá em cima na plataforma, quanto o responsável pelo evento e um funcionário que estava ali trabalhando na parte do lago ficaram em silêncio”, disse o delegado.
O inquérito policial seguirá para entender se há um responsável pela suposta falha que levou à morte da jovem. “Isso pode representar a responsabilização por homicídio culposo, aquele em que a pessoa não teve a intenção, ou não assumiu o risco do resultado, mas que por uma negligência, uma imprudência acabou causando a morte da vítima”, afirmou o delegado Ivan Silva, também da Polícia Civil do Paraná.
O investigador ainda afirmou que outros incidentes já foram registrados no Parque Ecológico de Campo Magro. “Tudo precisa ser analisado com muita calma, muita cautela, para não tomarmos nenhuma providência ou decisão temerária neste momento”.
O parque estava interditado, desde fevereiro de 2023, e operava sem diversas licenças, de acordo com a Prefeitura de Campo Magro, no Paraná. Em nota ao ND Mais, a administração municipal afirmou que o parque não possui licenças de funcionamento, como as ambientais, alvará e certificação do Corpo de Bombeiros. “Os gestores da área chamada de parque atuam por conta própria e em desacordo com as leis municipais”, informou a prefeitura.
ND+