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Redução na arrecadação impõe mudanças no grupo do Inter ainda nesta janela

Quedas da Copa do Brasil e da Sul-Americana frustram a entrada de receitas, inviabilizando a manutenção da atual folha de pagamentos.
A série de frustrações em campo trazem consigo uma consequência que extrapola as quatro linhas no Inter. Devido à queda de receitas que haverá após a saída do time colorado da Copa do Brasil e da Sul-Americana, mudanças no grupo de jogadores são praticamente inevitáveis. Afinal, sem o dinheiro das premiações dos dois torneios e diante do inevitável desinteresse por parte dos torcedores, o clube não conseguirá sustentar uma folha de pagamentos que já supera os R$ 20 milhões mensais. Um enxugamento do grupo deve ser levado a cabo nas próximas semanas.
No orçamento apresentado pelo conselho de gestão ao Conselho Deliberativo no ano passado, o clube projetava ser campeão gaúcho, além de chegar nas quartas de final da Sul-Americana e na semifinal da Copa do Brasil. Como cada fase superada em ambos os torneios garantiria a injeção de uma premiação nos cofres do clube, trata-se de mais uma receita frustrada. A meta que resta é alcançar o quarto lugar no Campeonato Brasileiro, que também está distante neste momento.

Na realidade, a zona de rebaixamento está mais próxima do Inter, neste momento, do que o G-4. Porém, o clube tem cinco jogos a menos que o Botafogo, que é o líder do Brasileirão com 40 pontos − 21 a mais que os colorados. Como não vence há nove partidas, impondo, antes de nutrir qualquer outra ambição, uma reação já na partida contra o Bahia, amanhã, em Salvador.

A janela de transferências para a maioria dos países europeus se encerra entre o final de agosto e o início de setembro. Até lá, o Inter deve negociar alguns jogadores. Vitão, Robert Renan e Wanderson possui sondagens. O volante Charles Aránguiz, que trata de um edema ósseo há um mês e ainda não tem previsão de volta, interessa a Universidad de Chile, enquanto o centroavante Lucas Alario tem proposta do futebol árabe.

Neste ano, o Inter projetou a arrecadação de R$ 135 milhões com a venda de jogadores. As saídas realizadas até agora, principalmente a de Maurício ao Palmeiras, não cumpriram nem metade de meta, o que impõe novas negociações. Internamente, segue a pressão pelas saídas do vice de futebol, Felipe Becker, e do diretor esportivo Magrão. Até agora, nenhum dirigente manifestou-se sobre as recentes desclassificações.



Correio Do Povo