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Inter mira G4 no Brasileirão e pensa na temporada 2025

Bom desempenho do time de Roger Machado, que tem melhor aproveitamento dos técnicos colorados desde 2016, traz como desafio manter o mesmo rendimento ano que vem.
A torcida está eufórica e com razão. Roger Machado coleciona excelentes números no comando do Inter desde que desembarcou no Beira-Rio, em julho. Ostenta 13 jogos de invencibilidade e já tem o melhor aproveitamento entre todos os técnicos que passaram pelo clube desde 2016, além de estar próximo de assegurar uma vaga direta na fase de grupos da próxima edição da Libertadores. “Esses jogos de invencibilidade têm acontecido porque temos uma estrutura sólida, os jogadores sabem o que precisam fazer em campo, e a qualidade está decidindo a nosso favor”, explicou Roger após a vitória por 2 a 0 sobre o Criciúma, terça-feira.
Por enquanto, o foco principal do próprio técnico e de todos os que circulam pelo vestiário está nas seis últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, mas todos já estão com pelo menos um olho em 2025. O desafio é manter no próximo ano o desempenho que o time vem mostrando agora, algo que não aconteceu nas últimas temporadas.
Roger compreende as necessidades financeiras do clube e sugere um melhor aproveitamento dos jogadores da base, algo que já vem acontecendo, mas salienta a necessidade de ter um elenco forte em 2025, já que o calendário estará mais preenchido com a Libertadores. “Já estamos de olho no futuro. Mas o foco hoje é 90% no momento atual para confirmar a vaga e poder planejar o futuro com segurança. Precisamos ter alternativas para mexer, mudar e criar estruturas diferentes com qualidade. No elenco temos 30 jogadores, mas, às vezes, você tem 13, 14 ou 15 jogadores no mesmo nível, enquanto outros não estão. O nosso grupo tem jogadores de mesmo nível, mas não sabemos até quando será assim. Por isso, temos que nos apoiar na estrutura do time”, explicou.

A classificação para a Libertadores é fundamental para o clube e trará mais recursos para os cofres colorados, mas não é uma garantia de novas contratações. Pelo contrário: a ideia é manter a base deste ano, reforçando algumas posições consideradas mais frágeis, principalmente do ponto de vista numérico. O exemplo mais claro é a defesa, para a qual Roger conta com apenas três zagueiros neste momento. Como Gabriel Mercado só volta no segundo semestre do próximo ano, dois zagueiros deverão ser contratados assim que o Campeonato Brasileiro for finalizado. Além disso, novas vendas deverão ser realizadas ainda neste ano para amenizar a crise financeira.

“O Inter é um clube que precisa se ajustar financeiramente, mas mantendo uma equipe competitiva. Esse é o desafio e a missão. As dificuldades não vão nos impedir de sermos criativos”, afirmou o diretor-executivo do Inter, André Mazzuco. Ele revelou que o objetivo maior é manter a estrutura de time que está apresentando bom rendimento hoje: “Um dos grandes reforços é manter a base que está funcionando. Outra coisa é pensar em uma temporada longa com um calendário apertado. Temos que ter 16, 17 ou 18 jogadores que possam revezar e manter o nível da equipe”, resumiu.



Correio Do Povo