Fórmula ‘tiro curto’ do Gauchão posterga preservações no Inter
Necessidade de somar pontos na tabela impõe à comissão técnica do Inter atenção para controlar minutagem dos jogadores.
Diante da necessidade urgente e inadiável de conquistar o título gaúcho, que serviria para interromper tanto a sequência gremista quanto o próprio jejum, o Inter elaborou uma estratégia. Ao invés de dosar a energia dos jogadores neste início de Gauchão, Roger Machado vem impondo força total para conquistar uma quantidade de pontos suficiente para, a partir de então, realizar preservações pontuais. Esse momento, após a vitória sobre o São José por 2 a 0, na noite de terça-feira, está próximo, mas a tendência ainda é de um time completo (ou quase) neste domingo, contra o Avenida, no Beira-Rio, pela quarta rodada.
“O tiro é curto e tivemos jogos em sequência, mas repetir a escalação está sendo importante para reconquistar o entrosamento. É importante em um campeonato assim, que a gente alcance a pontuação que nos permita revezar os jogadores, controlando o volume de jogo e a minutagem de cada atleta. Também fizemos essa gestão dentro do próprio jogo”, explicou Roger, ainda no Estádio do Vale, após a vitória sobre o São José.
Na programação elaborada pela comissão técnica para o início da temporada, a bola esteve presente desde o primeiro dia. O plano era ganhar força, recuperar o condicionamento físico, sem déficit técnico e tático. Os jogadores ainda não estão no mesmo nível do fim do ano passado, mas demonstram uma evolução física jogo a jogo.
“A gente quer valorizar o Gauchão. Fizemos uma programação de pré-temporada e início de Campeonato Gaúcho, que é mais curto, sabendo que precisamos somar pontos na largada. Não dá para fazer essa gestão colocando um time mais alternativo, correndo o risco de ser cobrado lá na frente por não ter colocado um time mais forte desde o início. São decisões que a gente toma e se responsabiliza”, continua o treinador, que conclui: “Agora, com sete pontos, a gente começa a ver pontualmente a situação de cada um e a fazer a gestão dos 11 que vão começar a partida”.
Pelo menos entre o último e o próximo jogo, haverá um tempo maior de recuperação. Nestes cinco dias até domingo, Roger trabalhará, além das questões físicas, o aprimoramento tático.
Correio Do Povo